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Brasil em Foco: Inflação Negativa, Dólar Oscilando e Riscos Fiscais no Radar dos Investidores de For
Resumo:O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do Brasil, surpreendeu o mercado em agosto ao registrar queda de 0,11%. Essa deflação é a primeira do ano e também a mais intensa desde setembro de 2022, quando o índice caiu 0,29%. No acumulado de 12 meses, o IPCA desacelerou para 5,13%, abaixo dos 5,23% registrados em julho, mas ainda acima da meta oficial de 3%, com teto de 4,5%.

Publicado em 10/09/2025
Inflação Oficial Registra Deflação em Agosto
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do Brasil, surpreendeu o mercado em agosto ao registrar queda de 0,11%. Essa deflação é a primeira do ano e também a mais intensa desde setembro de 2022, quando o índice caiu 0,29%. No acumulado de 12 meses, o IPCA desacelerou para 5,13%, abaixo dos 5,23% registrados em julho, mas ainda acima da meta oficial de 3%, com teto de 4,5%.
A principal força por trás desse resultado foi a redução de 4,21% nas contas de energia elétrica, impulsionada pelo chamado Bônus de Itaipu, que beneficiou mais de 80 milhões de consumidores. Esse movimento puxou para baixo o grupo habitação (-0,90%), representando o maior recuo para um mês de agosto desde a criação do Plano Real.
Contudo, analistas já alertam que esse alívio é temporário. A retirada do bônus em setembro deve provocar repique nos preços de energia, o que pode trazer impacto direto nas projeções inflacionárias para o restante do ano.
Alimentos e Transportes Também Ajudam a Reduzir Pressões
Outro fator importante foi a terceira queda consecutiva no grupo alimentação e bebidas (-0,46%), puxada por recuos expressivos em itens como tomate (-13,39%), manga (-18,40%), batata-inglesa (-8,59%) e cebola (-8,69%). Essa maior oferta de produtos ajudou a aliviar o orçamento das famílias e reforçou a tendência de desinflação.
O grupo transportes (-0,27%) também contribuiu, com destaque para a queda nas passagens aéreas (-2,44%) e no preço da gasolina (-0,94%). Essa última foi favorecida pela decisão de aumentar a mistura obrigatória de etanol de 27% para 30% na gasolina vendida nos postos.
Com isso, três grandes grupos de peso — habitação, alimentação e transportes — retiraram juntos 0,30 pontos percentuais do índice geral de inflação. Sem esse efeito, o IPCA teria registrado alta de 0,43% no mês.
Grupos com Alta: Educação e Saúde Chamam a Atenção
Apesar da deflação geral, alguns setores apresentaram aumento de preços. O grupo educação avançou 0,75%, pressionado por reajustes em mensalidades, especialmente no ensino superior (+1,26%). Já o grupo saúde e cuidados pessoais subiu 0,54%, refletindo alta em remédios e serviços médicos.
Esses núcleos de pressão indicam que, mesmo com a deflação pontual, a inflação de serviços segue resiliente, um ponto de atenção para o Banco Central.
Política Monetária: Copom Deve Manter Selic em 15%
O resultado do IPCA chega em um momento crucial: o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima semana. A expectativa majoritária no mercado é de que o Banco Central mantenha a taxa Selic em 15% pela segunda vez consecutiva.
Na última decisão, a autoridade monetária interrompeu o ciclo de alta de juros, mas deixou claro que pretende manter a política restritiva por um período prolongado, diante da combinação de:
· Inflação acima da meta, mesmo com deflação pontual em agosto.
· Pressões fiscais crescentes, com gastos públicos elevados.
· Incertezas externas, como tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros.
Para traders de Forex, essa sinalização de juros elevados tende a manter o real relativamente atrativo, especialmente no carry trade, em que investidores buscam rendimento em moedas de países com juros mais altos.
Dólar Oscila em Meio à Inflação e Julgamento de Bolsonaro
No câmbio, o dólar à vista abriu o dia em queda de 0,14%, cotado a R$ 5,428, enquanto o contrato futuro para outubro recuava 0,19%, a R$ 5,451.
Esse movimento reflete uma combinação de fatores:
· A divulgação do IPCA negativo no Brasil, que trouxe algum alívio momentâneo ao mercado.
· A deflação no PPI dos EUA (-0,1%), indicando moderação na inflação americana.
· O andamento do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, que adiciona volatilidade política ao ambiente doméstico.
Apesar da leve queda, a trajetória do dólar segue pressionada por fatores externos e internos. Nos últimos meses, a moeda americana tem se mantido acima de R$ 5,40, com investidores avaliando o impacto das tarifas impostas pelos EUA e a percepção de risco fiscal elevado no Brasil.
Insegurança Jurídica e Desconfiança Internacional
Um ponto de destaque no noticiário internacional foi a fala de Michael Jansen, diretor sênior da Casa Branca, que afirmou que a insegurança jurídica brasileira desestimula investimentos externos. Segundo ele, esse fator tem reflexos diretos na decisão de empresas americanas de não ampliar aportes no Brasil.
Esse tipo de declaração aumenta a percepção de risco entre investidores estrangeiros e pode ter impacto direto no fluxo cambial, afetando a oferta e demanda por dólares no mercado local.
Fitch Reforça Ceticismo Sobre a Economia Brasileira
Na frente fiscal, a Fitch Ratings voltou a criticar o arcabouço fiscal do governo Lula, classificando-o como de “pouca credibilidade”. A agência destacou que o país está longe de recuperar o grau de investimento, perdido em 2015, e alertou para riscos estruturais, como:
· Carga tributária elevada.
· Rigidez orçamentária.
· Avanço contínuo da dívida pública.
Segundo a Fitch, a expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2026 é de apenas 1,9%, bem abaixo da projeção oficial de 2,4%. Essa divergência reforça a cautela dos mercados em relação à sustentabilidade da política econômica atual.
Impactos Para o Investidor de Forex
Para traders brasileiros de Forex, o cenário atual apresenta um misto de oportunidades e riscos:
· Juros elevados no Brasil tornam o real uma moeda atrativa no curto prazo para operações de carry trade.
· Volatilidade política, com o julgamento de Bolsonaro, pode gerar movimentos bruscos na taxa de câmbio.
· Incertezas fiscais e críticas de agências de rating aumentam a percepção de risco-país, o que pode pressionar o real a médio prazo.
· Cenário internacional de tarifas comerciais e inflação nos EUA influencia diretamente o fluxo de capitais.
Quem opera no mercado deve monitorar de perto a evolução do IPCA em setembro, a decisão do Copom e os desdobramentos políticos que podem impactar tanto o câmbio quanto os juros futuros.
Conclusão: Alívio Momentâneo, Mas Estruturalmente Preocupante
A deflação registrada em agosto trouxe um breve respiro, mas não altera o quadro estrutural de que a inflação brasileira ainda segue desancorada e a credibilidade fiscal está em xeque.
Com o real oscilando próximo a R$ 5,40 por dólar, juros elevados e críticas internacionais à política econômica, os investidores de Forex precisam manter cautela e adotar estratégias de proteção diante da volatilidade.
O Brasil segue oferecendo boas oportunidades de curto prazo, mas com riscos elevados que exigem leitura atenta do noticiário político e econômico.
Palavras-Chave
· Inflação Brasil setembro 2025
· IPCA deflação agosto 2025
· cotação do dólar hoje 10/09/2025
· real frente ao dólar Forex
· Copom decisão Selic 15%
· cenário econômico Brasil 2025
· risco fiscal brasileiro
· previsão PIB Brasil Fitch
· julgamento Bolsonaro impacto no mercado
· Forex Brasil hoje

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