Resumo:Este artigo analisa os fatores que influenciam a cotação do dólar hoje, as diferenças entre dólar comercial e turismo, os impactos do IOF e as perspectivas para o mercado cambial.

Nesta segunda-feira, 9 de junho de 2025, o dólar comercial apresentou uma leve alta frente ao real, cotado a R$ 5,576 na venda às 12h22, um aumento de 0,10% em relação ao fechamento da última sexta-feira, quando registrou R$ 5,5701, o menor valor desde 8 de outubro de 2024. O dólar turismo, por sua vez, foi negociado a R$ 5,605 para compra e R$ 5,789 para venda. A movimentação reflete a reação do mercado às medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para compensar a revisão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), além da cautela global diante do encontro entre autoridades dos Estados Unidos e China em Londres. Este artigo analisa os fatores que influenciam a cotação do dólar hoje, as diferenças entre dólar comercial e turismo, os impactos do IOF e as perspectivas para o mercado cambial.
Cotação do Dólar Hoje: Um Panorama
De acordo com o monitoramento do Banco Central do Brasil, às 10h, o dólar comercial abriu com uma cotação de R$ 5,5788 para compra e R$ 5,5794 para venda, enquanto o dólar turismo foi cotado a R$ 5,609 para compra e R$ 5,789 para venda. Apesar da abertura negativa, a moeda americana inverteu a trajetória ao longo da manhã, impulsionada por dois fatores principais: as expectativas em torno das novas medidas fiscais no Brasil e a atenção global voltada para as negociações comerciais entre EUA e China.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento registrou uma queda de 0,10%, alcançando 5,586 pontos, indicando um mercado que opera com volatilidade moderada. O Banco Central anunciou um leilão de até 35.000 contratos de swaps cambiais tradicionais para rolar vencimentos de 1º de julho de 2025, uma medida que busca estabilizar o câmbio e evitar oscilações abruptas.
Dólar Comercial vs. Dólar Turismo
A diferença entre o dólar comercial e o dólar turismo é essencial para entender as cotações divulgadas:
- Dólar Comercial: Utilizado em transações internacionais, como importações e exportações, ele reflete negociações entre empresas e governos. Sua cotação é mais baixa devido à ausência de taxas adicionais, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e custos operacionais. Hoje, está em R$ 5,576 na venda.
- Dólar Turismo: Destinado a pessoas físicas para viagens internacionais, seja em dinheiro, cartões pré-pagos ou cheques de viagem, ele é mais caro por incluir o IOF (1,1% para operações financeiras ou 6,38% para compras em espécie), além de margens de lucro das casas de câmbio. Hoje, está em R$ 5,789 na venda.
Para viajantes, o dólar turismo é especialmente relevante, pois impacta diretamente os custos de transporte, hospedagem e compras no exterior. Já para empresas, o dólar comercial é crucial para precificar produtos e serviços no mercado global.
Fatores que Influenciam a Cotação do Dólar Hoje
Medidas Fiscais no Brasil: Revisão do IOF
Na noite de domingo, 8 de junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um acordo com líderes do Congresso para “recalibrar” o decreto que elevou o IOF no último mês, uma decisão que gerou críticas no mercado e entre parlamentares. A nova Medida Provisória (MP), a ser apresentada ainda esta semana, inclui:
- Taxação de 5% sobre títulos atualmente isentos, como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).
- Aumento da tributação sobre apostas esportivas (“bets”).
- Equalização das alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, eliminando benefícios para fintechs.
- Redução de 10% nas isenções fiscais e revisão de projetos para corte de gastos primários.
Segundo Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, a articulação entre governo e Congresso sinaliza um compromisso com o equilíbrio fiscal, o que é bem recebido pelo mercado. “O governo conseguiu alinhar uma comunicação diferente em relação ao que vimos duas semanas atrás. A reação é sempre boa quando há articulação com o Congresso, mantendo a pauta de equilíbrio fiscal,” afirmou Bergallo. Apesar disso, a indefinição sobre os detalhes da MP mantém os investidores cautelosos, contribuindo para a alta moderada do dólar hoje.
Encontro EUA-China: Cautela Global
No cenário internacional, os mercados estão atentos a uma reunião entre autoridades dos Estados Unidos e da China em Londres, liderada pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. O encontro busca retomar o acordo preliminar firmado em Genebra no último mês, que reduziu temporariamente as tensões comerciais entre as duas potências.
As tarifas impostas pelo presidente Donald Trump têm pressionado as economias globais, afetando moedas de países emergentes como o real. Um desfecho positivo nas negociações pode aliviar a pressão sobre o dólar, enquanto incertezas podem manter a moeda americana valorizada frente a divisas como o real. A cautela dos investidores globais limitou os ganhos do real hoje, mesmo com as perspectivas positivas no front fiscal brasileiro.
Outros Fatores
- Dados Econômicos dos EUA: Na sexta-feira, indicadores robustos de emprego nos EUA fortaleceram o dólar globalmente, mas a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em 18 de junho, devido ao enfraquecimento da economia americana, pode reduzir a pressão sobre o real no curto prazo.
- Commodities e China: A cotação do dólar também é influenciada pela demanda por commodities, que tende a fortalecer moedas de países exportadores como o Brasil. A desaceleração da economia chinesa, com queda nos pedidos de exportação, limita esse efeito, mantendo o real sob pressão.
- Fluxo de Capitais: A alta da Selic (taxa básica de juros) no Brasil atrai investidores estrangeiros, aumentando a entrada de dólares e ajudando a conter a valorização da moeda americana.
Impactos do IOF e Dicas para Consumidores
O IOF desempenha um papel importante no custo final do dólar, especialmente para o dólar turismo. Para operações financeiras, como remessas internacionais, o IOF é de 1,1%, enquanto para compras em espécie ou cartões pré-pagos, é de 6,38%. As mudanças propostas por Haddad, embora visem equilibrar as contas públicas, podem encarecer o acesso ao dólar turismo, afetando viajantes e consumidores que utilizam cartões no exterior.
Para minimizar custos, os consumidores podem adotar as seguintes estratégias:
- Acompanhe a Cotação: Utilize ferramentas como as da Wise, Travelex Confidence ou InfoMoney para monitorar o dólar em tempo real e comprar em momentos de baixa.
- Negocie Taxas: Plataformas como o Melhor Câmbio permitem negociar cotações com corretoras, reduzindo o spread cambial (diferença entre compra e venda).
- Use Cartões Pré-pagos: Eles fixam a cotação no momento do carregamento, protegendo contra variações cambiais durante a viagem.
- Evite Casas de Câmbio Tradicionais: Bancos e casas de câmbio físicas cobram spreads mais altos. Prefira corretoras online registradas no Banco Central, como a Travelex Confidence.
Perspectivas para o Mercado Cambial
O mercado projeta que o dólar permaneça em um patamar próximo a R$ 5,80 até o final de 2025, segundo o relatório Focus do Banco Central, uma redução em relação à estimativa anterior de R$ 5,85. A trajetória da moeda dependerá de fatores internos e externos:
- Internamente: A aprovação da MP anunciada por Haddad e a redução das isenções fiscais podem fortalecer a confiança no equilíbrio fiscal, favorecendo o real. No entanto, incertezas políticas ou atrasos na implementação podem pressionar o dólar para cima.
- Externamente: O resultado do encontro EUA-China e as decisões do Federal Reserve sobre juros serão cruciais. Um corte de juros nos EUA pode direcionar mais capitais para emergentes como o Brasil, enquanto escaladas nas tensões comerciais podem valorizar o dólar globalmente.
Para investidores e traders, a volatilidade do mercado exige cautela. Estratégias como stop loss e take profit são recomendadas para gerenciar riscos, especialmente em um cenário de incerteza global. Plataformas como WikiFX podem ajudar a escolher corretoras confiáveis para operar no mercado forex, evitando golpes forex e corretoras fraudulentas.
Conclusão: Um Mercado em Alerta
A cotação do dólar hoje, 9 de junho de 2025, reflete um equilíbrio delicado entre otimismo com as medidas fiscais no Brasil e cautela com as negociações EUA-China. A alta moderada da moeda, para R$ 5,576 (comercial) e R$ 5,789 (turismo), sinaliza um mercado atento aos desdobramentos domésticos e globais. Para consumidores, acompanhar as cotações e negociar taxas é essencial para minimizar custos, enquanto investidores devem adotar estratégias de gestão de risco para navegar a volatilidade.
Com o Banco Central intervindo via swaps cambiais e o governo buscando equilíbrio fiscal, o real tem potencial para se fortalecer no curto prazo, mas o cenário externo, especialmente as tensões comerciais, mantém o dólar como um ativo de refúgio. Fique atento às atualizações do InfoMoney, UOL Economia e Valor Investe para acompanhar as tendências do mercado cambial e tomar decisões informadas.
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