Resumo:Este artigo analisa a cotação do dólar hoje, os eventos que impulsionam sua oscilação, estratégias de investimento para traders forex, e oferece previsões realistas para a semana e o mês de maio, com base nas informações disponíveis.

O mercado forex vive um momento de alta volatilidade em 05/05/2025, com o dólar comercial oscilando entre leves quedas e altas frente ao real. Às 12h22, a moeda americana registrava uma alta de 0,09%, cotada a R$ 5,658 (compra) e R$ 5,660 (venda), após abrir o dia em queda de 0,27% (R$ 5,638). O dólar turismo, por sua vez, operava a R$ 5,683 (compra) e R$ 5,863 (venda). Essa instabilidade reflete a expectativa por decisões de bancos centrais, a guerra comercial EUA-China e indicadores econômicos recentes. Este artigo analisa a cotação do dólar hoje, os eventos que impulsionam sua oscilação, estratégias de investimento para traders forex, e oferece previsões realistas para a semana e o mês de maio, com base nas informações disponíveis.
Cotação do Dólar Hoje e Oscilações
O dólar abriu a semana com uma leve queda (-0,27% às 09h29, a R$ 5,638), acompanhando a fraqueza da moeda americana no exterior frente a divisas desenvolvidas e emergentes, conforme reportado pelo E-Investidor. Contudo, ao longo da manhã, a cotação virou para uma alta modesta (+0,09% às 12h22, a R$ 5,660), refletindo a cautela dos investidores antes da Super Quarta (07/05/2025), quando o Federal Reserve (Fed) e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciarão decisões sobre juros. Na sexta-feira (02/05), o dólar fechou em baixa de 0,36%, a R$ 5,6561, após dados fortes de emprego nos EUA (Payroll) e sinais de diálogo comercial entre EUA e China.
A guerra comercial permanece como um fator central de instabilidade. Apesar do alívio gerado pela sinalização de Pequim de que está analisando propostas de Washington para negociações tarifárias, a retórica do presidente Donald Trump continua a gerar incertezas. No domingo (04/05), Trump afirmou que os EUA estão negociando com diversos países, incluindo a China, com foco em um “acordo comercial justo”. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou conversas com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre os termos de um entendimento tarifário, o que pode mitigar impactos no real.
O Boletim Focus (05/05) trouxe revisões otimistas: a projeção para o dólar ao fim de 2025 caiu de R$ 5,90 para R$ 5,86, e a expectativa para a Selic foi ajustada de 15,00% para 14,75% ao fim do ano, sinalizando uma política monetária menos agressiva. Para 2026, o dólar é estimado em R$ 5,91, e a Selic, em 12,50%. Esses números refletem um cenário de desinflação no Brasil, apesar de riscos fiscais e pressões externas.
Eventos que Causaram a Oscilação
- Guerra Comercial EUA-China: A escalada tarifária, com taxas de até 245% sobre produtos chineses impostas pelos EUA, e a retaliação de Pequim com tarifas de 34% sobre importações americanas, mantém os mercados em alerta. A possibilidade de negociações, confirmada pela China na sexta-feira (02/05), trouxe alívio temporário, mas a ameaça de Trump de impor tarifas de 100% sobre filmes estrangeiros importados reacendeu temores de inflação global e recessão. Esses fatores elevam a aversão ao risco, fortalecendo o dólar como ativo seguro.
- Dados de Emprego nos EUA (Payroll): O relatório de emprego de sexta-feira (02/05) mostrou a criação de 228.000 postos de trabalho em março, superando as expectativas de 135.000, segundo a Reuters. Esse resultado reforça a resiliência da economia americana, reduzindo temores de recessão e diminuindo as apostas em cortes de juros pelo Fed em maio, o que sustenta a valorização do dólar.
- Expectativas para a Super Quarta (07/05):
- Federal Reserve: A expectativa é que o Fed mantenha a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, com investidores atentos às falas do presidente Jerome Powell sobre os impactos das tarifas na inflação e no crescimento econômico. Powell já alertou que as tarifas de Trump são “maiores do que o esperado” e podem complicar o controle inflacionário, segundo o G1.
- Banco Central do Brasil (Copom): O Copom deve elevar a Selic de 14,25% para 14,75% (+0,5 ponto percentual, com 74% de probabilidade, ou +0,25 ponto, com 26%). O aumento visa conter a inflação acima da meta (5,68% para 2025, per Focus) em um contexto de economia aquecida e riscos fiscais. O comunicado pós-reunião será crucial para sinalizar a trajetória futura dos juros.
- Intervenções do Banco Central: O BC anunciou um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial para rolagem de vencimentos em 02/06/2025, visando estabilizar o câmbio. Essa intervenção, aliada a leilões anteriores de US$ 2 bilhões em linhas de venda, reflete a estratégia do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, para conter a volatilidade do real.
- Indicadores Domésticos: A PNAD Contínua mostrou uma taxa de desemprego de 7% no primeiro trimestre de 2025, a menor para o período desde 2012, e a criação de 71.600 vagas formais em março, per Ministério do Trabalho. Esses dados indicam uma economia brasileira aquecida, mas a desaceleração na geração de empregos (-71% ante 2024) sugere cautela, influenciando a percepção de risco no câmbio.
Condutas de Investimento para Traders Forex
Dada a volatilidade do mercado, traders forex devem adotar estratégias que combinem gestão de risco, análise técnica e monitoramento de eventos macroeconômicos. Aqui estão algumas condutas recomendadas:
- Swing Trading com Stop-Loss Rigoroso:
- Estratégia: Aproveite as oscilações diárias do par USD/BRL, que variou entre R$ 5,62 e R$ 5,67 hoje. Identifique níveis de suporte (R$ 5,60) e resistência (R$ 5,75) usando médias móveis (ex.: 50 e 200 períodos) e RSI para confirmar tendências.
- Risco: Use stop-loss apertados (ex.: 20-30 pips) para proteger contra movimentos bruscos impulsionados por notícias sobre tarifas ou decisões de bancos centrais.
- Exemplo: Entre em uma posição comprada (long) se o dólar romper R$ 5,70 com volume, mirando R$ 5,80, ou vendida (short) se cair abaixo de R$ 5,60, com alvo em R$ 5,50.
- Trading Baseado em Notícias (News Trading):
- Estratégia: Posicione-se antes ou após os anúncios do Fed e Copom na quarta-feira (07/05). Um tom dovish (flexível) de Powell pode enfraquecer o dólar, enquanto um comunicado hawkish (rigoroso) do Copom pode fortalecer o real.
- Risco: Evite operar durante os anúncios devido à alta volatilidade. Use ordens pendentes (buy/sell limit) a 50-100 pips dos níveis atuais para capturar movimentos pós-notícia.
- Exemplo: Se o Fed sinalizar manutenção de juros e Powell minimizar os riscos das tarifas, o dólar pode cair para R$ 5,55. Um Copom mais agressivo pode pressionar o USD/BRL para R$ 5,50.
- Hedging com Pares Correlacionados:
- Estratégia: Combine posições no USD/BRL com pares correlacionados, como USD/MXN ou AUD/USD, para diversificar riscos. O peso mexicano (MXN) e o dólar australiano (AUD) são sensíveis às tensões EUA-China devido à dependência de commodities.
- Risco: Monitore a correlação negativa entre USD/BRL e AUD/USD (ex.: dólar forte enfraquece AUD). Use alavancagem baixa (ex.: 1:10) para limitar perdas.
- Exemplo: Se operar comprado em USD/BRL, abra uma posição vendida em AUD/USD para proteger contra quedas inesperadas do dólar.
- Gestão de Capital:
- Estratégia: Limite o risco por operação a 1-2% do capital total. Evite alavancagem excessiva (acima de 1:20) devido à imprevisibilidade das tarifas de Trump.
- Risco: A volatilidade pode disparar com notícias inesperadas, como novas tarifas ou retaliações chinesas. Mantenha liquidez para ajustar posições.
- Exemplo: Com um capital de R$ 10.000, arrisque no máximo R$ 200 por trade, ajustando o tamanho da posição com base na distância do stop-loss.
- Monitoramento de Indicadores:
- Estratégia: Acompanhe o índice DXY (que mede o dólar contra uma cesta de moedas), que caiu 0,5% hoje, per postagens no X (@carpatos). Dados como o IPCA-15 (prévia da inflação brasileira) e PMIs globais (EUA, Europa, Japão) nesta semana podem influenciar o câmbio.
- Risco: Resultados abaixo do esperado (ex.: PMIs fracos na China) podem reforçar a aversão ao risco, valorizando o dólar.
- Exemplo: Um DXY acima de 108,5 pode impulsionar o USD/BRL para R$ 5,75, enquanto um IPCA-15 elevado pode fortalecer o real.
Previsões para a Semana (05-11/05/2025)
Para esta semana, o USD/BRL deve permanecer volátil, com uma faixa estimada entre R$ 5,55 e R$ 5,75, influenciada pelos seguintes fatores:
- Super Quarta (07/05): A manutenção dos juros pelo Fed e um aumento de 0,5 ponto na Selic são amplamente precificados. Um tom hawkish do Copom, sinalizando mais altas em 2025, pode fortalecer o real, pressionando o dólar para R$ 5,55-5,60. Já um Fed dovish, minimizando os impactos das tarifas, pode limitar a alta do dólar a R$ 5,70.
- Guerra Comercial: Sinais concretos de negociações EUA-China, como redução de tarifas, podem reduzir a aversão ao risco, mantendo o dólar abaixo de R$ 5,65. Novas ameaças de Trump, como tarifas sobre setores específicos, podem elevar o USD/BRL a R$ 5,75.
- Indicadores Econômicos: O IPCA-15 (Brasil) e os PMIs globais serão monitorados. Um IPCA-15 acima de 0,5% pode reforçar apostas em um Copom mais rígido, enquanto PMIs fracos na China podem valorizar o dólar como ativo seguro.
- Intervenções do BC: Os leilões de swap cambial devem conter picos de volatilidade, estabilizando o dólar em torno de R$ 5,65 no curto prazo.
Previsão Base: O dólar deve fechar a semana entre R$ 5,60 e R$ 5,68, com viés de baixa se as negociações comerciais avançarem e o Copom adotar um tom hawkish.
Previsões para o Mês (Maio 2025)
Para o restante de maio, o USD/BRL deve oscilar entre R$ 5,50 e R$ 5,85, com base nas seguintes tendências:
- Política Monetária: O Boletim Focus sugere uma Selic estabilizando em 14,75% ao fim de 2025, com cortes graduais a partir de 2026. Nos EUA, a expectativa de cortes de juros apenas em julho (per mercado) sustenta o dólar em níveis elevados. O diferencial de juros favorece o real, mas riscos fiscais (ex.: isenção de IR para rendas até R$ 5 mil) podem limitar sua apreciação.
- Guerra Comercial: A resolução parcial das tensões EUA-China, com tarifas reduzidas para 50-60% (estimativa de Luciano Costa, Monte Bravo), pode aliviar pressões inflacionárias globais, mantendo o dólar abaixo de R$ 5,80. Um impasse prolongado, porém, pode elevar o USD/BRL a R$ 5,85.
- Economia Global: A desaceleração da economia americana, com o PIB do 1º trimestre em -0,3% (per Reuters), e a meta de crescimento chinesa de 5% (ameaçada pelas tarifas), aumentam a aversão ao risco. O dólar pode se beneficiar como moeda de reserva, mas fluxos de capital para o Brasil (atratos pela Selic alta) podem conter sua alta.
- Projeção do Focus: A estimativa de R$ 5,86 para o dólar ao fim de 2025 sugere uma estabilização em torno de R$ 5,80 em maio, com quedas graduais se o cenário fiscal brasileiro melhorar.
Previsão Base: O dólar deve encerrar maio entre R$ 5,65 e R$ 5,80, com viés de estabilidade, salvo choques inesperados como novas tarifas ou deterioração fiscal.
Riscos e Oportunidades
Riscos
- Tarifas de Trump: Novas medidas protecionistas, como tarifas de 100% sobre filmes estrangeiros, podem disparar a inflação global, forçando o Fed a reconsiderar cortes de juros, o que fortaleceria o dólar.
- Risco Fiscal Brasileiro: A isenção de IR e outras medidas do governo podem elevar o déficit público, pressionando o real para baixo (USD/BRL acima de R$ 5,90).
- Desaceleração Global: Uma recessão nos EUA ou China, com probabilidade de 60% (per JPMorgan), pode aumentar a busca por ativos seguros, valorizando o dólar.
Oportunidades
- Negociações Comerciais: Um acordo EUA-China pode reduzir a aversão ao risco, favorecendo moedas emergentes como o real e pressionando o dólar para R$ 5,50.
- Selic Alta: O diferencial de juros (14,75% no Brasil vs. 4,5% nos EUA) atrai fluxos estrangeiros, fortalecendo o real em operações de carry trade.
- Intervenções do BC: Leilões frequentes de swap cambial e linhas de venda devem limitar picos de volatilidade, criando janelas para trades de curto prazo.
Conclusão
A cotação do dólar em 05/05/2025 reflete um mercado em compasso de espera, com oscilações impulsionadas pela guerra comercial EUA-China, decisões iminentes de bancos centrais, e indicadores econômicos mistos. A Super Quarta (07/05) será pivotal, com o Copom e o Fed definindo o tom para o USD/BRL. Traders forex devem priorizar gestão de risco, utilizando stop-loss, hedging, e estratégias baseadas em notícias para navegar a volatilidade. Para a semana, o dólar deve flutuar entre R$ 5,60 e R$ 5,68, com estabilização em torno de R$ 5,65-5,80 em maio, conforme projeções do Boletim Focus e analistas.
Investidores devem monitorar de perto as falas de Jerome Powell, o comunicado do Copom, e desdobramentos das negociações comerciais. No forex trading, a combinação de análise técnica (níveis de suporte/resistência) e fundamental (indicadores como IPCA-15 e PMIs) será essencial para identificar oportunidades. Em um mercado dinâmico, a prudência e a informação em tempo real são as maiores aliadas dos traders.
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